A homologação da nova pauta da madeira já tem causado reações no Norte do Estado, região onde se concentra grande parte da produção. O diretor do Sindicato das Indústrias Madeireiras (Sindusmad), José Eduardo Pinto, destacou que os novos números não têm agradado, apesar de serem levados em consideração índices oficiais de reajuste dos preços mínimos que servem de base para o governo estadual cobrar o ICMS- Imposto Circulação, Mercadorias e serviços-. Reforçou que a desvantagem estaria na venda do produto em relação a Estados que industrializam e vendem madeira.
Eduardo apontou, ao Só Notícias, que “não teve reajuste no preço de venda, o que dificulta a comercialização em relação a outros estados. Há também outros ônus, como o Fundo de Transporte e Habitação (Fethab), que acaba onerando ainda mais o produtor, o que não ocorre em outros Estados. Acaba sendo uma desvantagem”, analisou.
Segundo o diretor, apesar da pauta, alguns materiais acabam sendo vendidos abaixo do preço de mercado, já que em situação oposta a comercialização seria inviabilizada. “Houve muitas discussões para definição da pauta, com participação do setor, que acabou sendo vencido pelo governo, pelo cansaço”, acrescentou.
No caso grupo comercial 3, por exemplo, onde estão Peroba Rosa-Rosa, Angelim, Sucupira-Parda, a publicação aponta que o metro cúbico de menor valor, da in natura (toras), deve ser de R$ 960. Na pauta anterior era de R$ 935.