A nova pauta da madeira, usada como base pelo governo estadual cobrar das indústrias madeireiras o Imposto Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), não tem agradado o setor. Em vigor há menos um mês, o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), José Eduardo Pinto, disse, ao Só Notícias, que o aumento de até 10%, dependendo do produto, tem onerado as atividades, incindindo também na concorrência com outros Estados. O metro cúbico do Cambará e o Cedro-rosinha, por exemplo, saltou de R$ 630 para R$ 640. Já da Peróba, de R$ 830 para R$ 850.
O presidente avaliou que o aumento na pauta veio um momento inadequado, diante das dificuldades do setor, apesar das discussões com o governo do Estado. “Há muitos problemas, não há margem de lucro e as chuvas também interferem na atividade. Também há a concorrência com outros Estados, principalmente Rondônia, Pará, onde os preços são bem mais baixos”, explicou Eduardo.
Com o incremento da pauta e também os problemas já enfrentados pelo setor, Eduardo afirmou que a expectativa para a área não é das melhores ao longo do ano. No entanto, declarou que ainda, pelo menos por agora, demissões estão descartadas para redução custos destinada ao atendimento das novas regras fiscais.
Os reajustes na pauta de cobrança em Mato Grosso vem sendo discutidos e criticados desde a pauta do passado, pelo setor e também políticos. O deputado Dilmar Dal”Bosco (DEM) chegou declarar que a extração da Itaúba refletia bem a discrepância dos valores cobrados na época. Disse que metro cúbico desta espécie era 177% maior do que o praticado no Pará.