Por meio de uma parceria iniciada em abril, a Acenm/CDL e a Unemat de Nova Mutum têm discutido o problema crônico de falta de mão de obra em Nova Mutum – que também atinge diversas outras regiões do Estado. O diagnóstico feito pela Unemat quanto à situação de empregabilidade dos acadêmicos da instituição, envolvendo os cursos de Administração, Agronomia e Ciências Contábeis foi entregue para a Associação Comercial e Industrial e CDL e aponta soluções parra resolver uma parte da carência de mão de obra em diversos setores.
Agora, as duas entidades ligadas ao comércio ficaram responsáveis por fazer uma pesquisa nas empresas para identificar a real demanda, levantando dados do perfil profissional, qualificação necessária e remuneração.
O estudo apurou que 88% dos alunos no câmpus têm entre 17 e 30 anos de idade, e que a grande maioria já está empregada. A exceção é os acadêmicos do curso de Agronomia, que tem dificuldade de disponibilidade devido ao turno integral (aulas durante a manhã e a tarde). O total de 73,15% dos alunos de Agronomia não trabalha atualmente. Já em Administração, somente 11,46% não trabalha, e em Ciências Contábeis 10,10%.
Quanto à remuneração, 59% dos acadêmicos de Administração e 57% dos alunos de C. Contábeis recebem de 1,1 a 2 salários-mínimos por mês. A parcela de 48% dos alunos de Administração considera que a sua remuneração atual é compatível com o cargo que ocupa atualmente.
Mais de 50% dos alunos de Agronomia pretendem permanecer no município após sua formação. Quanto aos alunos que pretendem mudar de cidade após a conclusão do curso (45% Administração; 59% Agronomia; 54% Ciências Contábeis), a maioria considera que em outras cidades poderão encontrar melhores oportunidades.
O levantamento mostrou que salário desejado após a formação para quem for trabalhar no comércio ou serviço: Ciências Contábeis, R$ 3 mil, Agronomia, R$ 2,3 mil e Administração, R$ 3,1 mil.
“Os maiores empregadores dos alunos da Unemat, nos três cursos, são os setores de comércio e serviços de Nova Mutum. O estudo constatou isso e de fato é o que a Acenm/CDL vive no dia a dia, no contato com as empresas que procuram preencher vagas por meio do nosso serviço Banco de Talentos. A partir deste e de outros dados presentes no estudo, poderemos otimizar esse contato e ajudar tanto empregadores quanto trabalhadores a atenderem suas expectativas. As empresas buscam mão de obra qualificada e estudantes buscam qualificação para o mercado, e nós podemos estreitar essa ponte”, analisou, através da assessoria, o diretor executivo da associação e CD, Rodrigo Rigoni.
