O frigorífico de aves da BRF Brasil Foods, de Nova Mutum, atingido por um incêndio domingo de madrugada, deve retomar o abate normal, na segunda-feira (14). A previsão foi feita por representantes da indústria para o presidente da Associação dos Integrados da Perdigão Agroindustrial, José Festl. Segundo ele, “a indústria informou que tudo está sendo feito para que o abate seja retomado dia 14, mas durante a semana devemos ter mais detalhes sobre isso”, disse.
Apesar da paralisação no abate, a entrega dos frangos não será interrompida. Conforme Só Notícias já informou, a BRF Foods já informou, através de nota oficial, “a produção da unidade será, temporariamente, absorvida por outras plantas da BRF em Mato Grosso, de forma a não comprometer o atendimento dos seus clientes e consumidores”. Só Notícias teve acesso a informação de que os abates foram redirecionados para as plantas de Lucas do Rio Verde (Sadia) e Nova Marilândia, assim como para Dourados (MS).
A imprensa não teve acesso ao local do incêndio, e não foi possível avistar as chamas da entrada do complexo, localizada no distrito industrial do município. Na nota oficial, a empresa aponta que o incêndio “foi de pequenas proporções. Ainda não está confirmado o que causou o acidente. “A empresa possui seguro contra incêndio e as causas do incidente estão sendo apuradas pela equipe de engenharia e pela pericia técnica”.
Ainda não foi divulgada a estimativa do prejuízo. As chamas atingiram o setor de embalagens de alimentos. Uma quantidade considerável de caixas de papelão, embalagens plásticas foi destruída e parte da estrutura física – telhado, paredes desta ala. Maquinários não teriam sido atingidos. Bombeiros e voluntários da empresa trabalharam mais de 5 horas para acabar com todas as chamas. Ninguém ficou ferido.
O presidente José Festl disse que os avicultores ficaram apreensivos com a notícia do incêndio. A indústria abate 230 mil frango/dia e tem sua produção destinada ao mercado interno e externo. Segundo ele, a entidade tem 91 avicultores, que juntos movimentam cerca de 70% do volume de abate na indústria.