O Sindicato das Indústrias do Norte de Mato Grosso (Sindusmad) deverá apresentar uma contra-proposta aos Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário (Siticom) da região Norte em até 15 dias, no entanto, o presidente José Eduardo Pinto avalia como desproporcional o pedido feito, de reajuste de 17,5%, tendo como base a atual situação do mercado madereiro. “O que vemos é que a reividicação deles está desproporcional a realidade que estamos vivendo. Não existe venda, a indústria madeireira vem diminuindo o volume. Do final do ano passado para cá diminui em torno de 20% o número de postos de trabalhos”, disse Eduardo, ao Só Notícias. “Além disso, reduziu muito o preço da madeira, houve uma deflação. Então, existe dificuldade para dispor do que eles estão pedindo”, apontou. O presidente acrescentou que hoje, por exemplo, o Deck da madeira Itaúba (utilizado para colocar em volta da piscina, muito vendido para exportação), que era comercializado a US$ 135 mil, não sai por US$100 mil.
De acordo com Eduardo, a proposta dos trabalhadores foi encaminhado para as bases do sindicato (associações de madeireiros) e para a Federação das Indústrias. Cada um analisará a proposta feita e encaminhará ao Sindusmad suas análises para, deste modo, formular a contra-proposta.
Conforme Só Notícias informou, além do reajuste salarial de 17,5%, o Siticom pede ainda alteração nos pisos salariais, do tipo escalonado, sendo que aos trabalhadores contratados por 60 dias receberão R$ 623; depois de 60 dias de contrato, o salário passa a ser de R$ 655 e, após completar 6 meses, o mínimo passa para R$ 725; além de pedir bonificações.