O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso, Wilson José Volkweis avaliou, em entrevista ao Só Notícias, que o setor de base florestal já superou os principais efeitos causados pela pandemia do Coronavírus e que, atualmente, o momento é positivo e a previsão é deve continuar aquecido nos próximos meses, mas com as indústrias mantendo “os pés no chão”. “Estamos com uma expectativa muito boa, que deve continuar e seguir trabalhando normalmente”, analisou. A projeção é de crescimento de 25% nas exportações de madeira industrializada em Sinop. “De certa forma no início essa projeção foi prejudicada sim, mas voltou as normalidades e hoje, graças a Deus, estamos dentro do (movimento) normal, continuamos fomentando fortemente e as coisas realmente estão andando”.
O maior impacto foi sentido em março, primeiro mês de pandemia e logo o setor adotou medidas para não paralisar as atividades. “Fizemos campanhas muito firmes, levamos isso muito a sério, uso de máscaras, palestras com profissionais da saúde e isso refletiu bastante, não só no setor. Acho que esse momento veio também para refletirmos um pouco, mas conseguimos administrar muito bem, fazer nossas ações, então vencemos essa etapa e hoje estamos mais tranquilos”, salientou.
Ainda segundo Wilson, os primeiros momentos de pandemia foram mais sentidos também porque o setor já vinha sendo afetado com ‘impasses’ desde o último ano. Uma das questões controvérsias foi o bloqueio operacional do sistema para obter o Documento de Origem Florestal (DOF), que durou 21 dias. Com isso, os empresários ficaram impedidos de comercializarem os produtos. Outro ponto é a dificuldade matéria prima, que se estende até hoje.
“Hoje estamos tendo uma pequena dificuldade em trazer matéria prima (toras das áreas de manejo florestal) para o pátio das empresas, mas estamos acreditando que vamos conseguir chegar no final da safra com estoque para podermos passar o período das águas (chuvas). Continuamos otimistas, esperançosos, porém sempre com os pés no chão. Os empresários do setor são seguros, experientes e não são aventureiros. Então, isso é positivo”, concluiu.