Diretores e associados ao Sindicato das Indústria Madeireiras do Norte (Sindusmad), debateram, neste sábado de manhã, a elaboração de um relatório técnico apontando todas as exigências ambientais e fiscais que o setor está cumprindo, bem como os planos de manejo florestal para retirada seletiva de toras das florestas, próprias para industrialização, para ser entregue aos senadores da Comissão do Senado (criada para investigar os dados do INPE sobre desmates, que originaram a operação) e que visitarão Sinop e Alta Floresta na próxima 5ªfeira. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais admitiu, recentemente, que cerca de 40% dos dados do balanço referentes a desmates estavam errados e não eram cortes rasos de árvores.
“Vamos mostrar aos senadores que a Arco de Fogo está no alvo errado. As madeireiras estão trabalhando dentro da legalidade, respeitando meio ambiente e não estão relacionadas a desmatamentos ilegais”, afirmou o presidente do Sindusmad, José Eduardo Pinto. “Da forma com que esta operação foi feita, intimidou os madereiros”, acrescentou, referindo-se a forte presença de policiais federais e agentes da Força Nacional, armados com metralhadoras, nos pátios de madeireiras para que os fiscais apenas fizessem medição de toras, conferência de projetos e documentos. O relatório deve mostrar ainda dados de madeireiras que fecharam e dispensaram funcionários por conta desta operação.
O presidente da Sindusmad, José Eduardo Pinto, disse que o setor madeireiro não está ligado ao desmatamento ilegal. “Se eles estão investigando desmatamentos ilegais, Por que a operação não começou nestes pontos onde o INPE afirmou que houve desmates investigar para onde foram as árvores (toras) derrubadas. Comece por lá. Perguntem aos fazendeiros o que foi feita com a madeira (toras), se foi vendida, queimada. A gente sabe que a madeira oriunda destes desmates são totalmente queimadas”, afirmou.
Um dos pontos mais criticados na operação Arco de Fogo e questionado na Justiça Federal foi o sistema de medição de toras que estavam nos estoques das madeireiras. O Ibama adotou um critério desconsiderando termo firmado com a Secretaria de Meio Ambiente onde foi estabelecido um critério. Conforme Só Notícias informou, madeireiras recorreram à Justiça que obrigou o Ibama a seguir o procedimento firmado com a Sema que os madeireiros vinham seguindo. Agora, o Sindusmad vai sugerir que seja feita uma cartilha onde Ibama-Sema-Indústrias adotariam mesmo sistema de medição.
Além da Operação Arco de Fogo, os diretores confirmaram a data do lançamento oficial do Promadeira, dia 30 em Cuiabá, a nível Estadual e o lançamento municipal, durante a Exponop, no estande dos sindicato. O Promadeira será realizado 27 a 31 de agosto para apresentar tendências de mercado, exportações de madeira, novos maquinários e palestras técnicas.
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