A produção leiteira em Nova Ubiratã deve crescer, a partir deste mês, aproximadamente 270,3%. A projeção foi feita pelo secretário de Agricultura, Paulo Maier, por assessoria. Com isto, dos 54 mil litros/mês verificados em janeiro do ano passado, a previsão a partir de agora é alcançar em torno de 200 mil litros.
O aumento está ocorrendo de forma gradual. Em junho de 2011, após análise do rebanho leiteiro na cidade e aplicação de tecnologias para melhora genética dos animais, a produção verificada foi de 82 mil litros. “Todo esse sucesso é resultado do acompanhamento ginecológico, orientações ao produtor sobre pastagem, aplicação de vacinas, alimentação e gestão da propriedade”, destacou.
A partir desta semana, a secretaria deve trabalhar também com campanha de orientação aos produtores sobre as mudanças nas regras para produção do leite, cuja normativa foi publicada em Diário Oficial da União na última sexta-feira ( 30) e que começou a vigorar ontem para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. Para Norte e Nordeste será válida apenas a partir de janeiro de 2013.
A normativa fixa novos parâmetros para Contagem Bacteriana Total (CBT) e Contagem de Células Somáticas (CCS), refletindo negociações entre governo e setor produtivo. Com a medida, o Ministério da Agricultura alinhou o pedido de produtores que não conseguiram cumprir o prazo para redução dos limites previstos à proposta do Plano Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite.
Com as mudanças na norma, os índices de CBT e CCS que podiam chegar a 750 mil/ml, passam a ter como limite máximo 600 mil/ml. “As novas regras determinam, por exemplo, que o local onde o gado é mantido tenha piso impermeável a fim de facilitar a limpeza e o escoamento da água, além do controle de temperatura para a pasteurização do leite na média de 4 graus Celsius”, explicou o secretário. A ordenha (retirada do leite) também deverá ter local próprio.
A edição da norma passa a escalonar os prazos e limites para a redução de CBT e CCS até o ano de 2016, chegando a 100 mil/ml e 400 mil/ml, respectivamente. Além disso, a instrução suprime os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos leites tipos “B” e “C”. “O governo pretende aprimorar o controle sanitário do rebanho, no que se refere a doenças, como brucelose e tuberculose, além de obrigar que seja feita análise para pesquisa de antibióticos, por exemplo, no leite”, avaliou o gestor.