Os serviços prestados pela empresa OI – Brasil Telecom, em Sinop, serão apurados pelo Ministério Público Federal (MPF). O inquérito aberto pelo procurador, André Bueno da Silveira, visa investigar a suposta ineficiência na prestação de serviços que possam ter causado prejuízos à população local, as associações comerciais e sindicatos do município.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Sinop e o Sindicato Rural deverão apresentar informações sobre estimativas de eventuais prejuízos para os setores, em função da interrupção do serviço de internet prestado pela provedora OI. As vendas por meio de cartões de crédito e débito e abertura de cadastro de novos clientes no comércio ficam prejudicadas com as constantes interrupções no serviço.
Usuários de diversas operadoras reclamam de constantes lentidão nas conexões ou interrupções nos acessos.
No ano passado, os serviços de telefonia e internet ficaram em terceiro lugar no ranking de reclamações do Procon, cerca de 226 pessoas. No entanto, a estimativa de reclamações é maior, segundo o órgão, já que muitas pessoas não informam queixas. Os dados revelam que por dois anos os serviços lideraram o número de reclamações.
As falhas, conforme Só Notícias já informou, se tornaram frequentes a partir de julho de 2011, quando a interrupção dos serviços se estendia por horas. Na ocasião, a companhia alegou que os problemas ocorreram em função de rompimentos de cabos de fibra óptica provocados pelos serviços de duplicação da BR-163, entre Cuiabá e Posto Gil e responsabilizou o Departamento Nacional de Transportes (Dnit).
Na época, a Associação Comercial e Empresarial de Sinop (ACES) também moveu uma ação contra a empresa, junto com o Procon. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi formulado em audiência pública no MPF, em Sinop. No documento, constava que a empresa reconhecia a omissão na qualidade do serviço de internet e se comprometia com cinco ações para evitar novas falhas e ressarcir os consumidores. O termo foi redigido pela procuradora Analícia Ortega Hartiz, avalizado pelos Procons de Sinop, Alta Floresta, Lucas do Rio Verde e Guarantã do Norte e pelo Gerente de Fiscalização do Estado, Ivo Vinicius Firmo.
Em junho, do ano passado, o serviço de acesso à internet em cidades da região Norte chegou a ficar interrompido 12 horas seguidas.