Representantes de um setor de franca expansão -o moveleiro- aguardam com ansiedade a implantação de políticas diferenciadas para a cobrança de impostos para fomentar as atividades, ganhar novos mercados bem como tornarem-se mais competitivos. Esta é a principal reivindicação dos empresários que sofrem com as excessivas cargas tributárias.
A preocupação foi levada ao governo, de quem é esperada uma sinalização favorável com a publicação de decreto isentando o ICMS garantido, que incide sobre a matéria-prima adquirida em outros Estados para fabricação de móveis e que entra em Mato Grosso. Esta é uma das medidas mais aguardadas.
“Desta forma o setor será mais competitivo. Esperamos uma posição do governo, que sabe o que buscamos e o que é preciso. Está nas mãos dele”, declarou, ao Só Notícias, o presidente do Sindicato dos Moveleiros do Extremo Norte de Mato Grosso (Simonorte), Adilson Benetti. “Devido a taxa de impostos, os produtos ficam mais caros para nós”, ponderou, ao Só Notícias.
O presidente da Câmara Setorial Moveleira de Sinop e também empresário Rafael Schneider diz que a demora tem gerado descontentamento no setor, tudo porque processos burocráticos ‘retardam’ o cumprimento da proposta. Ele destaca que ainda não é possível mensurar quanto as empresas poderiam adquirir a mais de matéria-prima devido a isenção do imposto para fomentar suas linhas de produção.
“Apenas quando estiver em prática poderemos calcular”, avalia. O presidente destaca ainda que empresários têm desenvolvido a atividade no Estado, entretanto, não conseguem competir diretamente com outras regiões como no Sul, onde há uma política fiscal ajustada. Segundo ele, “o setor moveleiro tem se estruturado primeiramente em Mato Grosso para depois ir para fora”, salienta.
A logística adequada também é um dos principais problemas enfrentados pelo segmento. Para o gerente do Sebrae em Sinop e coordenador do projeto Arranjos Produtivos Locais com indústrias do segmento, Volmir Contreiras, o setor tem se articulado na busca por soluções de seus problemas. Tanto que vem realizando reuniões constantes para debater o andamento das atividades.
Segundo ele, o alto custo de produção tem levado empresários a não entrarem no mercado de outras regiões, pois, pagam mais para produzir, enquanto outras indústrias conseguem trabalhar em larga produção, a custos inferiores.