Diretores de entidades do setor produtivo e lideranças políticas do Nortão terão audiências hoje, em Cuiabá, com o governador Blairo Maggi, na Secretaria do Estado de Meio Ambiente (Sema) e no Ibama, para cobrar medidas urgentes que garantam a atividade de inúmeras indústrias madeireiras e produtores rurais, que dependem de licenças ambientais e projetos de manejo para trabalhar. A burocracia e lentidão têm causado sério prejuízos para empresas – muitas delas operando bem abaixo de sua capacidade devido a falta de matéria prima e com ameaça de demissões.
O presidente do Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso (Simenorte), Lindomar Elias Dela Justina, disse, ao Só Notícias, que a maior reivindicação é quanto a liberação de planos de manejo, indispensáveis para madeireiras extraírem matéria prima das florestas. “Há muita morosidade na Sema. Há empresas que tem projetos parados há um ano e meio e não sai”, acrescentou.
O setor questiona que a fiscalização é feita, mas as empresas precisam da liberação da documentação para trabalhar legalmente. “A função do Ibama é fiscalizar. Esses tumultos todos são porque não temos condições de trabalhar. Tem que fiscalizar, mas desde que tenha a liberação da documentação”, desabafou.
Alta Floresta e vários municípios da região Norte concentram um grande número de madeireiras, que empregam milhares de pessoas. Os maiores vendedores de madeira do Estado estão na região.
A audiência com Blairo Maggi foi marcada após atritos na última terça-feira, em Paranaíta (250 km de Sinop). Trinta e nove fiscais do Ibama foram feito reféns dentro da Câmara de Vereadores, após fecharem três madeireiras e dois garimpos na região. A população se mobilizou e exigiu a liberação para o funcionamento das empresas lacradas.
Também devem participar das reuniões a prefeita Maria Izaura Dias, de Paranaíta, Pedro Alcântara, representantes de associações, sindicatos, CDLs, entre outras entidades.