Juína e Brasnorte, sediarão, em março, audiências públicas pelas quais serão apresentados os relatórios de impacto ambiental referente as obras da linha de transmissão LT SE Juína – SE Maggi, com 230 kv. Na primeira cidade, será dia 30, na câmara, às 19h, e, na segunda, dia 31, também na câmara, mesmo horário. Os estudos foram realizados pela empresa empreendedora, e entregues, recentemente, à Secretaria de Estado de Meio Ambiente.
Uma comissão instituída pela Sema iniciou a avaliação dos principais aspectos levantados pelo EIA – Estudo de Impacto Ambiental – que o empreendimento acarretará na região. Segundo a superintendente de Infra-estrutura, Mineração, Indústria e Serviço da Sema, Lilian Ferreira dos Santos, a secretaria avaliará, por exemplo, impactos sobre a fauna, flora, área a ser desmatada, medidas que podem ser implementadas, entre outros.
Não estão descartadas alterações que a Sema poderá propor, para minimizar os impactos. “Pode acontecer, porque visam apresentar alternativas”, declarou a representante, ao Só Notícias. Além das audiências de Juína e Brasnorte, uma terceira deve ocorrer em Cuiabá.
A LT SE Juína – SE Maggi integra um lote com sete empreendimentos, que devem entrar em operação comercial nos próximos vinte meses. O lote foi leiloado ano passado e vencido por um consórcio formado por uma empresa do Estado do Amazônas (51%) e outra de Minas Gerais (49%) .
As linhas em território matogrossense somam 775 quilômetros de extensão e são destinadas a reforçar o Sistema Interligado Nacional (SIN). Na relação destacam-se a LT Maggi – Juba, com 232 km de extensão; LT Parecis – Maggi, com 106 km; LT Juína – Maggi, com 215 km; LT Nova Mutum – Sorriso, com 145 km; LT Sorriso – Sinop, com 77 km. Serão construídas ainda subestações, tais como a SE Parecis 230/138/13,8 ; e SE Juína 230/138/13,8.
A receita anual permitida pela outorga é de R$ 36,79 milhões, com geração de 2.7 mil empregos diretos. O empreendimento passará Sinop, Sorriso, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Juína, Brasnorte, Sapezal, Tangará da Serra, Campo Novo dos Parecis e Vera.
Possibilitará o escoamento de energia elétrica dos diversos projetos de geração que se implantarão na região, sendo 1.120 MW já com previsão para 2010, contribuindo com o desenvolvimento do estado e para o aumento da capacidade nacional de geração de energia elétrica.