Entidades dos setores produtivo e de base florestal, de todo o Nortão, estão mobilizadas em discussões sobre o projeto de zoneamento sócio-econômico ecológico do Estado, em análise na Assembléia Legislativa. Em Sorriso, estão previstas reuniões com produtores e empresários. Segundo o secretário de Agricultura, Sardi Trevisol, muitas ações planejadas para o setor ambiental dependem da aprovação do zoneamento. “Mas é certo que há algumas propostas contestáveis que trarão prejuízo para a região”, adiantou.
Recentemente, o município começou a tratar da regularização das propriedades rurais, porém, conforme Trevisol, ainda há muitas dúvidas dos agricultores em relação ao enquadramento de cada propriedade. “O primeiro passo será buscar recursos para o georeferenciamento para levantar os passivos e iniciar com a recuperação das APPs e reservas legais”, completou.
Em Alta Floresta, uma comissão foi formada para o estudo do projeto. O objetivo, segundo a secretária de Indústria e Comércio, Célia Castro, é que as propostas sejam analisadas para evitar prejuízos. “Temos que saber o que vai ser feito e se nos impõe o que não é a nossa realidade. Temos a preocupação que o plano respeite nossa vocação (atividades)”, declarou.
Esta semana, a comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa pode definir as audiências que serão realizadas nas cidades pólos de 12 regiões, entre elas Sinop e Alta Floresta, para debater o projeto.
Entre as propostas já questionadas por algumas entidades está a criação do parque das Castanheiras, que vem sendo discutida desde 2005. A proposta inicial, de uma área de 383 mil hectares, começando praticamente na divisa entre Sinop e Claudia (lado direito da BR-163) fazendo divisa com municípios de Marcelândia, Itaúba e União do Sul, além de Sinop. O questionamento é que ocuparia, por exemplo, cerca de 147 mil hectares de terras produtivas.
O zoneamento, que começou a ser elaborado há mais de 10 anos, definirá a ocupação de espaços territoriais, bem como os estímulos e recursos que serão destinados para cada região, visando estimular o crescimento, e delimitando que tipos de atividades podem ser implementados e onde podem ser desenvolvidas.