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Mutum se antecipa à legislação e prioriza inclusão social na destinação de resíduos

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Nova Mutum vem se destacando como modelo para municípios de Mato Grosso e até para outros de fora do Estado, em vários setores. Essa projeção é motivo de orgulho sem dúvida, mas mais do que isso, significa o resultado de um trabalho que vem sendo feito no sentido de melhorar a qualidade de vida da população. Assim tem sido, por exemplo, no esporte, na cultura, na educação e, por meio do Programa “reCiclo”, apresentado no  1º Encontro de Fóruns Municipais Lixo e Cidadania, realizado em Cuiabá, de 4 a 8 de agosto último, como um iniciativa bem-sucedida.

O Fórum teve o objetivo de promover o diálogo entre sociedade, setor público e privado, com vistas à gestão dos resíduos sólidos, sem perder o foco da inclusão social, ou seja, promover o catador, a partir da criação de associações ou cooperativas. Segundo Fernanda essa é a sistemática preconizada pela lei 12.305 de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Nova Mutum se destaca justamente por isso, pois mesmo antes de a lei ser aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidência da República, já tínhamos o objetivo de promover os catadores, reunindo-os numa entidade cuja finalidade seja a promoção daqueles que já atuavam e sobreviviam da atividade, tornando-os protagonistas do processo”, observa a coordenadora do projeto, bióloga Fernanda Cervi.

A gestão compartilhada dos resíduos sólidos foi iniciada em Nova Mutum no ano passado, com a implantação do “reCiclo”, projeto de coleta seletiva do lixo, que está em fase de experimentação nos bairros Jardim e Jardim II, mas que tende a ser estendido para outras áreas da cidade. “As pessoas estão verificando o sucesso do projeto e estão buscando junto à coordenação do projeto a ampliação da área. Agora, precisamos avaliar a estrutura necessária para o atendimento dessa demanda e estender a outros locais que, aliás, constitui-se na proposta do “reCiclo” desde o seu início”, observa a coordenadora.

Fernanda lembra ainda que os municípios cujas gestões sejam compartilhadas e que estiverem praticando o modelo de inclusão social de catadores, na destinação dos resíduos sólidos, estarão vários passos a frente dos demais na busca de recursos governamentais. “Os municípios que já têm gestão compartilhada serão priorizados quando da destinação de recursos para projetos ambientais”, frisa. Isso, segundo Fernanda, foi o que ficou bastante claro durante o Fórum e, principalmente, a partir da promulgação da nova lei.

Por tudo isso, a preocupação cada vez maior com as questões ambientais, é segundo a coordenadora do projeto “reCiclo” um processo natural, na medida em que o meio ambiente que se constitui hoje na medida dos olhos de autoridades e gestores públicos, tendo em vista o alto grau de exigência de legislações e de entidades ou grupos de pessoas que têm a defesa do planeta como bandeira de luta. “As leis são criadas para cada vez mais e mais proteger a natureza, a partir da sensibilização do homem”, observa a professora mestre, bióloga Fernanda Cervi, que responde pela coordenação do projeto.

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