Levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 31% das empresas ativas no Estado têm mulheres como suas proprietárias. O estudo é divulgado no Dia do Empreendedorismo Feminino, comemorado hoje,
A diretora Técnica do Sebrae MT, Eliane Chaves, reforça que as tendências e o grande desafio do século 21 é tornar a sociedade mais inclusiva e com uma economia muito mais dinâmica e inovadora. “Nesse dia em que comemoramos o Dia do Empreendedorismo Feminino, nós precisamos trazer à luz a presença da mulher no mercado de trabalho e no empreendedorismo”. Ela reforça que as estatísticas mostram um aumento da presença da mulher chefiando famílias e também no mercado de trabalho, mas lembra que existem muitos desafios a serem superados, culturais, como o fato de nem sempre a mulher receber o mesmo salário e não ter as condições de crescimento profissionais iguais às dos homens.
A diretora cita ainda a dupla jornada. “Além de enfrentar os desafios no seu negócio, a mulher precisa dar conta da sua função como mãe, chefe de família e cuidar de outras tarefas que são tradicionalmente e culturalmente inerentes às mulheres”. 27% das donas de negócios trabalham em casa e que 46% são chefes de domicílio – em 2015, representavam 38%.
Eliane Chaves destaca também que, apesar haver muitos avanços na ocupação e profissões antes tidas como masculinas, as mulheres, na sua grande maioria, desempenham atividades ligadas a seus talentos. “No universo dos pequenos negócios, temos a presença muito grande no segmento dos pequenos serviços, principalmente, voltados para alimentação, moda, cabeleireira, estética. Elas ocupam espaço na economia com os seus talentos e habilidades”.
As mulheres têm aptidões sócioemocionais mais desenvolvidas que os homens, o que favorece muito a inovação e aumenta a chance de competitividade e de sucesso.
Segundo dados da pesquisa, as mulheres donas de negócios têm maior escolaridade que os homens (16% maior) e também um nível de formalização maior que o dos homens – 31% tem CNPJ, enquanto no grupo dos homens, apenas 29% são formalizados.
É maior a proporção das mulheres que trabalha sem sócios (84% contra 81% no caso dos homens). E quanto ao porte, os negócios conduzidos pelas mulheres são menores e é menor também a proporção de mulheres que são empregadoras. Além disso, elas têm menos empregados que os homens.
A informação é da assessoria.