A efetivação de Michel Temer (PMDB) como presidente da República trouxe um novo tom ao discurso do mercado financeiro e do segmento empresarial. Representantes dos setores econômicos mato-grossenses têm a expectativa de que novas medidas estimulem os investimentos e transformem o ambiente de negócios. É unânime entre os líderes das entidades de classe a consciência de que não existem milagres para a economia, mas que as ações do presidente empossado devem ser condizentes com o bem-estar comum e não restrito às atitudes eleitoreiras.
O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan, avalia que a partir de agora, os investidores, tanto internos quanto internacionais, vão se sentir mais confiantes para aportar recursos em novos empreendimentos no Estado e em todo o país. “Enquanto não havia definição política sobre este assunto restavam apenas dúvidas nos rumos que a economia tomaria, e de fato, chegamos ao fundo do poço. Agora é hora de recuperar”.
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio-MT), Hermes Martins, a mudança de governo gera boas expectativas ao setor. “Esperamos que o presidente Temer tome medidas que tragam a economia para outro patamar. Quanto ao mais, penso que agora dá para o país se recuperar e talvez já tenhamos uma resposta positiva já no 1º semestre de 2017”.
O presidente da Federação do Agricultura e Pecuária (Famato), Rui Prado, acredita na retomada do crescimento do Brasil, na queda da inflação e na volta dos rumos ao desenvolvimento. “Para nós é seguro saber que temos um governo em caráter definitivo e imagino um governo estável. Esperamos principalmente a diminuição da inflação e a retomada dos investimentos”.
Para o presidente da União dos Lojistas de Shopping Centers de Mato Grosso (Unishop), Júnior Macagnam, as mudanças vão além da economia. “Com o impeachment de Dilma Rousseff fica o recado aos políticos de que a população mudou a forma de pensar sobre eles. Esperamos que as medidas econômicas e políticas não sejam em benefício de um grupo em específico, mas que atenda toda população. Para isso, é fundamental que esta classe pare de roubar e pense de fato no bem comum”.