Mais 6 unidades de geração de energia deverão integrar o sistema de produção em Mato Grosso. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou os resultados das inscrições de novos empreendimentos para terem os projetos leiloados em julho deste ano. Ao todo serão 5 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e uma termelétrica de biomassa.
A capacidade de produção do Estado deverá aumentar em 108 megwatts-hora(MWh) com as novas fontes geradoras. A termelétrica tem previsão de produzir 30 megawatts e as PCHs, juntas, de 78 MWh, sendo que cada uma tem capacidade máxima de 30 MWh. Mesmo sendo autossuficiente, a construção de novos empreendimentos em Mato Grosso contribui para o abastecimento de todo o país porque a energia integra o Sistema Interligado Nacional (SIN). De acordo com o superintendente de Energia da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), José do Carmo Ferraz, a produção mato-grossense em 2010 foi de 7,573 milhões de MWh, dos quais 6,990 milhões MWh foram consumidos internamente e o excedente, de 582 mil MWh, foi exportado.
José Manoel Marta, professor de economia e especialista em energia, afirma que os investimentos em energia são importantes se analisados a longo prazo. "Por enquanto não haveria necessidade, mas para o futuro são indispensáveis para a segurança energética do Estado e do país". Manoel Marta ainda lembrou que este volume a ser gerado é um quarto da capacidade da usina Governador Mário covas (Termelétrica de Cuiabá), que está parada desde 2007 e pode produzir 480 MWh.
Com relação à térmica, José do Carmo Ferraz, da Sicme, afirma que não há novidades sobre o assunto e que o retorno das atividades está dependendo somente da Bolívia. Atualmente 14 usinas de energia estão em construção no Estado e mais outras 26 estão com outorgas prontas. Das 14 unidades, 11 são PCHs, 2 são termelétricas e tem mais uma usina hidrelétrica (UHE) em andamento. Para Ferraz, o potencial de geração do Estado é grande e ainda há muito a ser explorado. "O potencial hídrico é relevante e vamos nos tornar um dos maiores geradores energéticos, não só por meio de PCHs, mas também de hidrelétricas que podem ser construídas".