Mato Grosso continua gerando superávit crescente na balança comercial. Até o mês de maio deste ano já foi contabilizado US$ 2,61 bilhões, valor 60% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. A contribuição de Mato Grosso para o saldo da balança comercial do país representa 30%, creditando ao Estado, papel bastante significativo no saldo das contas externas brasileiras.
Até o momento, as exportações estaduais acumuladas somaram US$ 3,03 bilhões, valor 59,3% maior do que o US$ 1,91 bilhão contabilizado no mesmo período em 2007. Somente no mês de maio, o valor exportado foi de US$ 949,4 milhões, número novamente inédito, sendo o 2º recorde consecutivo, jamais registrado na série histórica estadual. Para o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Pedro Nadaf, um dos fatores que contribuíram para o desempenho atípico foi o término da greve dos auditores federais, que finalizou no início de maio deste ano.
Outro dado relevante, de acordo com o técnico da Sicme Paulo Henrique Ribeiro Coelho Cruz, é o desempenho do milho nas exportações, que teve um grande crescimento, tanto financeiro, quanto em quantidade. O técnico explicou que o aumento se deve ao fato dos Estados Unidos, maior produtor de milho, reter suas vendas, a fim de utilizar o produto na fabricação do etanol, combustível que vem tomando o lugar do petróleo no país. “Agora os compradores estão buscando o Brasil para comprar o milho”.
Na lista dos maiores exportadores do país, Mato Grosso continua ocupando a 10º posição, aumentando para 4,21% nossa participação nas vendas externas. Segundo o vice-presidente da Federação das Indústrias, Jandir Milan, o Estado deve ultrapassar Santa Catarina, que atualmente ocupa o 9º lugar no ranking nacional, no ano que vem. “Do modo como estamos exportando e avançando, já podemos dizer que somos uma ameaça para o estado catarinense”.
Os principais destinos das exportações mato-grossenses foram a União Européia e a Ásia, que respondem respectivamente por 45,4% e 36,8% do total. A China continua sendo nossa maior cliente, com 23% individualmente, seguida da Holanda e Espanha, com 16% e 9% respectivamente.
O assessor econômico do Sistema Fiemt Carlos Vítor Ribeiro acrescenta que as importações já somam US$ 422,8 milhões, apresentando um acréscimo de 54,6% em comparação ao valor registrado no mesmo período do ano anterior, que acumulou US$273,4 milhões. Na pauta, as compras de insumos agropecuários continuam prevalecendo, respondendo por 90% do valor acumulado.