Mato Grosso ocupa a 15ª colocação no ranking das unidades da federação com condições para atrair investidores para a atividade florestal. Porém, a posição desprivilegiada não corresponde ao potencial que o Estado tem para expandir nesse segmento e de forma sustentável. A afirmação é do representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Joésio Deoclécio Pierin Siqueira, com base no Projeto Índice de Atração ao Investimento Florestal (IAIF). Ele explica que o Estado pode alcançar a 5ª posição em menos de 3 anos. Atualmente, a liderança é mantida por São Paulo, seguido de Minas Gerais.
“Com um pouco mais de esforço, o estado mato-grossense pode ser o primeiro da lista com condições exemplares de desenvolvimento na base florestal”. Esse desempenho, conforme ele, depende da política pública, de ajustes na infraestrutura da região e na desburocratização no sistema legislativo do setor.
E foi para discutir o futuro do Estado e a indústria florestal que empresários, técnicos e produtores de florestas nativas e plantadas se reuniram nesta quinta-feira (04) para o 3º Seminário Negócios Florestais Sustentáveis. O evento teve o objetivo de discutir estratégias de melhoria do clima de negócios para atrair investidores nas atividades florestais em território estadual. Para o presidente da Federação das Indústria de Mato Grosso (Fiemt), Mauro Mendes, o desenvolvimento dessa atividade permite a restruturação da economia do Estado, em que muitos municípios têm o seu crescimento aliado à atividade florestal.
“É possível hoje encontrar mecanismos, meios e tecnologias que ajudem nesse processo”.
Na ocasião, também foi lançado o Processo de Melhoria do Clima de Negócios para o Investimento Florestal de Mato Grosso (Promecif-MT), que é uma ferramenta utilizada para aumentar a atratividade para o segmento florestal. O assessor especial da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), José Juarez Pereira de Faria, afirma que os resultados apontados pelo Promecif permite uma ampla discussão do setor. Ele explica que para a agregação dos resultados são calculados o impacto macroeconômico e outros fatores que afetam a rentabilidade dos negócios em todos os setores produtivos.
“São mensurados os investimentos diretos no setor florestal e os fatores que afetam a rentabilidade dos negócios florestais”. Entre os temas discutidos no seminário estavam: A Importância do Clima de Negócios no Desenvolvimento Econômico e Ambiental; Investimento e Indústria Florestal; e Evolução e Oportunidade de Negócios em Mato Grosso. O 3º Seminário foi promovido pelo governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), em parceria com a Empresa de Consultoria STCP, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt).