Mato Grosso perdeu o título de campeão brasileiro na produção de grãos. Com a colheita estimada em pouco mais de 30 milhões de toneladas, o Estado passa a figurar na segunda posição do ranking nacional, atrás do Paraná, onde os reportes no campo somam 31,1 milhões de toneladas. Os números são do sexto levantamento da safra 2010/11, realizado pela Conab e divulgado nesta quinta-feira.
Mesmo deixando de figurar como principal produtor do país, a safra em Mato Grosso deve crescer 4,2% na comparação com o ano passado, estima a Companhia Nacional de Abastecimento. Em 2009/10 a produção no Estado totalizou 28,8 milhões de toneladas, resultado que levou em conta o desempenho de culturas como a soja, milho, feijão, girassol, arroz, além de outras.
Assim como a produção, há perspectiva de alta para a área e a produtividade em Mato Grosso. De acordo com o sexto levantamento, a área destinada à produção agrícola deve ser 1,9% maior frente à 2009/10, passando de 9,1 para 9,2 milhões de hectares. Já a produtividade deve passar de 3.164 quilos por hectare para outros 3.236, aponta estatal do governo.
Dentre as culturas avaliadas, apresentam tendência de alta na produção frente ao ciclo anterior o algodão (+70,4%), feijão (32,9%), girassol (66,7%) e soja (5,8%). Somente para esta última, a produção esperada supera 19,8 milhões de hectares. Um ano antes totalizou 18,7 milhões de toneladas. Se a projeção da Conab se confirmar haverá recuo na produção de arroz (-7,4%) e milho, quando observadas todas as safras existentes no Estado. O recuo esperado é de -5,8% na produção, quando comparado a 2009/10.
No Brasil, de acordo com a companhia, a colheita de grãos deve alcançar 154,2 milhões de toneladas, número recorde, com aumento de 3,4% ou cerca de 5 milhões de toneladas em relação à safra passada, cujo resultado foi de 149,2 milhões de toneladas.
A Conab informa que o motivo do crescimento é a ampliação de áreas de cultivo do algodão, do feijão 1ª e 2ª safras, da soja e do arroz, aliada à melhor influência do clima sobre o desenvolvimento das plantas. Entre as principais culturas, o algodão apresenta-se com o maior crescimento percentual em área, com cerca de 56% a mais que no ano passado (835,7 mil ha), o que pode levar a uma produção de 1,9 milhão de toneladas de pluma, ou seja, 756 mil t a mais. Os números anteriores eram de 1,2 milhão de toneladas.