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Mogno Africano é nova alternativa de matéria prima para madeireiras em MT

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A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) apresentou, esta semana, em Cuiabá
a publicação Diretrizes Técnicas para cultivo do Mogno Africano (Khaya ivorensis), uma nova opção de cultura e investimento tanto para o setor madeireiro, quanto para produtores rurais. A diretriz técnica é um pré-requisito para viabilização de financiamentos que estão disponíveis para esta atividade. A introdução dessa nova cultura florestal em Mato Grosso tem como objetivo ocupar áreas desmatadas em estágio improdutivo, além de gerar novas fontes de matéria-prima para o setor madeireiro. Por isso o cultivo tem grande apelo sócio ambiental, em escala mundial, por diminuir a pressão predatória sobre as florestas tropicais na busca por madeiras nobres.

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) e Empaer identificaram anseios do ramo madeireiro do Estado e elaboraram, com a ajuda dos técnicos e outras instituições e iniciativa privada, esse estudo que “viabiliza este financiamento. Os pequenos produtores poderão ser beneficiados também com uma nova cultura a ser praticada”, afirmou o engenheiro florestal da Empaer, Antônio Rocha Vital, um dos responsáveis pela elaboração da diretriz.

O mogno é tido como madeira nobre, porque tem características como resistência, qualidade, beleza e tem boa adaptação às condições climáticas de Mato Grosso. Segundo o presidente da Empaer, Valdizete Martins Nogueira, o setor madeireiro passa por momento de decréscimo no fornecimento de matéria-prima, devido às pressões ecológicas quanto as florestas nativas como pela escassez dos produtos florestais: “Sem dúvida, o mogno será um ótimo investimento para o futuro, tanto para produtores rurais, como para os investidores do setor madeireiro”, ressaltou.

Em Mato Grosso, a área plantada foi significativamente ampliada com atuação de empresas que obtiveram sucesso em plantios extensivos, como nos municípios de Nova Maringá, Cáceres e Rosário Oeste. O mogno africano é da mesma família do mogno brasileiro, mas de gênero diferente. A família das meliaceaes é conhecida por possuir importantes gêneros para produção de madeira serrada.

 

 

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