O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, afirmou hoje (30) que uma das mais importantes tarefas cumpridas nos oito anos do governo Lula foi a de dar voz ao homem do campo. "Romper o silêncio de muitos anos foi uma vitória política muito importante, pois o camponês era vítima, no passado, tanto da repressão estatal quanto do próprio ambiente em que vivia", disse ele.
Cassel falou sobre o assunto durante o lançamento do livro Retrato da Repressão Política no Campo, editado em conjunto com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Ele informou que pesquisadores do Ministério do Desenvolvimento Agrário foram ao campo e localizaram pessoas que sabiam de atos de violência, mas permaneceram muito tempo caladas porque tinham medo de falar sobre o período da repressão.
Para o ministro, a política de direitos humanos que vem sendo desenvolvida no pais redemocratizou o meio rural, "o que é uma tarefa relevante porque a vida no campo já foi muito dura!". Ele ressaltou que hoje o homem do campo conta com crédito, apoio técnico, assistência social. "Por isso deixou de ser excluído."
Cassel destacou que 620 mil famílias foram assentadas no campo nos últimos oito anos, "enquanto, em toda a história do país, haviam sido assentadas 900 mil familias". Nesse período, 48 milhões de hectares foram destinados à reforma agrária, acentuou.
O livro Retrato da Repressão Política no Campo foi lançado na sede da Secretaria Especial de Direitos Humanos, em cerimônia presidida pelo ministro Paulo Vannuchi.