O ministro dos Transportes Alfredo Nascimento determinou à sua assessoria técnica, que inclua o estudo de viabilidade técnica e ambiental do traçado dos trilhos da ferrovia Vicente Vuolo entre Rondonópolis e Cuiabá. Hoje, estão garantidas pelo Governo Federal apenas as obras de implantação dos trilhos entre Alto Araguaia e Rondonópolis, numa extensão de 220 km. Os trabalhos devem começar em junho deste ano e ser concluídos em setembro de 2010, de acordo com previsão da ministra Dilma Roussef (Casa Civil).
Na última quinta-feira, o presidente do fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, vereador Francisco Vuolo, o deputado federal Wellington Fagundes (PR) e o representante da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Fernando Kusai, estiveram em audiência com o ministro dos Transportes. Na ocasião, foi exibido um vídeo que mostra as potencialidades econômicas da Baixada Cuiabana (o maior núcleo urbano do Centro-Oeste, com 40% da população mato-grossense e 42% de toda a produção estadual), como um dos argumentos para que a região seja contemplada com os trilhos da ferrovia.
No documentário, o ministro Alfredo Nascimento constatou, por exemplo, que a Baixada Cuiabana é o maior pólo de consumo, produção e distribuição de Mato Grosso, por sediar principais indústrias e outros empreendimentos que representam 80% do setor no Estado, além de se constituir no maior entroncamento rodoviário do Estado (BR-070, BR-163 e BR-364).
O pedido de “urgência” do ministro para que sua assessoria estude o pleito de Mato Grosso, para Francisco Vuolo, mostra que a luta pela definição do traçado da ferrovia entre Rondonópolis e Cuiabá avançou muito.
Ainda na quinta-feira, Vuolo, Fagundes e Kuzai foram recebidos em audiência pelo subchefe de Articulação e Monitoramento da Presidência da República, Maurício Carvalho, a quem reivindicaram a inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do estudo de viabilidade técnica e ambiental da ferrovia até a capital mato-grossense. Na opinião do presidente do Fórum, é necessário que se garanta o estudo até Cuiabá e, depois, avançar os trilhos até Santarém (PA) e Porto Velho (RO), conforme o projeto original.
Para o subchefe da Casa Civil, Maurício Carvalho, a proposta levada pelos parlamentares de Mato Grosso é muito importante, sobretudo, no aspecto da logística de transportes, notadamente para o Centro-Oeste, onde já estão incluídas no PAC a construção e a conclusão do trecho da ferrovia de Alto Araguaia até Rondonópolis. Carvalho vai reforçar o pleito mato-grossense, ao levar a proposta ao ministro dos Transportes e à ministra Dilma Roussef.