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Mínimo sobe para R$ 465 amanhã

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O governo federal confirmou ontem o reajuste do salário mínimo que entra em vigor amanhã (1º de fevereiro). O valor passará de R$ 415 para R$ 465, um incremento real de R$ 50. Entidades representativas de Mato Grosso avaliam que em um primeiro momento, a alta poderá causar impacto no orçamento das empresas já que terão que desembolsar mais para manter o trabalhador. O impacto será maior nas de pequeno porte, porém no mês seguinte a economia será aquecida, já que mais dinheiro circulará no mercado.

Para o presidente interino da Federação do Comércio, Bens e Serviços de Mato Grosso (Fecomércio-MT), Hermes Martins, o aumento tende a provocar dois sentimentos no empresariado estadual. Ele afirma que inicialmente os empresários do comércio varejista podem se assustar com o reflexo do aumento nos custos com a folha de pagamento dos seus funcionários, mas que depois, o valor será injetado na economia, principalmente nos estabelecimentos comerciais em forma de alimentos, calçados, vestuário, lazer, entre outros.

Ele considera ainda que não é a maioria dos trabalhadores deste segmento que recebe salário mínimo, pois são feitos acordos coletivos para estabelecer um piso salarial todos os anos, cujo valor é superior ao mínimo fixado pelo governo federal. “E a maioria das empresas já fez o planejamento do pagamento do salário mínimo, o que não deve causar um impacto tão grande no orçamento. Já para os que não se preocuparam antecipadamente podem passar por um pouco de dificuldade”, diz ao acrescentar que o aumento é para o salário de fevereiro, mas que só será recebido pelos trabalhadores no mês de março.

Nos supermercados a perspectiva quanto ao reajuste é positiva. O diretor da Associação dos Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Altevir Magalhães, considera que a injeção de R$ 23,1 bilhões na economia de todo país é recebida como uma boa notícia para a classe empresarial, principalmente em um momento que só se fala em crise. “A notícia é muito boa, mas ainda não podemos avaliar do ponto de vista do empresário qual será o impacto disso na folha de pagamento, por exemplo, além dos encargos trabalhistas. Mas no geral, é bom”.

Economistas consideram que diante do cenário de recessão econômica, este ano as pessoas se voltarão mais para a compra de itens de necessidade básica e deixarão os “supérfluos” de lado, até que a estabilidade volte. Com isso, quem será um grande beneficiado são os supermercados, que abocanharão boa parte dos salários dos brasileiros. O diretor da Asmat, que também compõe a diretoria rede Modelo, Altevir Magalhães diz que vendo por esta ótica e associando ao mínimo, grande parte dos que ganham este valor reservam mesmo a maior parte da remuneração para a alimentação, o que será bom para o setor supermercadista.

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