Mesmo com a redução de 9% no ICMs – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias de Serviços para a comercialização do feijão de Mato Grosso para fora do Estado, que começou a vigorar este mês, a previsão de mercado para o grão, este mês, não é nada boa. “A redução vai ajudar mas, mesmo assim, as vendas ainda serão ruins”, diz Jaime Farinon, produtor e comerciante em Sinop. Hoje está sendo pago a média de R$ 40 a saca do grão, sendo que o preço ideal, segundo os produtores, seria R$ 60. “Com essa redução do ICMs pelo menos as vendas irão cobrir as despesas”, afirma Jaime. Segundo o produtor os próximos três meses ainda deverão ser de dificuldades para o setor.
O motivo da previsão ruim e do preço baixo pago pelo feijão é a superprodução nacional da cultura. Só em Mato Grosso a produção deste ano é estimada em 72.800 toneladas, numa área plantada de 39.700 hectares, conforme levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), número 91,58% do que o registrado há 5 anos atrás.
A venda para outros Estado irá ajudar, mas Farinon lembra que outros Estados também reduziram seus impostos e mais do que Mato Grosso. “Tem Estado com 1% de ICMS”, lembra. Melhora real segunda a classe deve acontecer somente em dezembro, quando a quantidade de produto no mercado deve diminuir.