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Mercado internacional faz dólar recuar e fechar em R$ 2,13

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O dólar encerrou em baixa de 0,23% nesta segunda-feira, a R$ 2,134, por conta de ingressos de recursos e com o cenário externo mais favorável.
Na roda de dólar pronto da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o último negócio foi feito a R$ 2,133.

Segundo analistas, sem um estresse maior no cenário externo, o mercado segue a tendência de apreciação do real. Mas, como muitas tesourarias bancárias sustentam posição comprada em dólar, o mercado acaba ficando mais equilibrado.

Ao longo do dia, o dólar oscilou entre baixa de 0,33% e alta de 0,23%.

“Os bancos inverteram posição e estão trabalhando praticamente zerados”, disse o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros. No final de fevereiro, os bancos sustentavam posição comprada em US$ 200 milhões, segundo dados do Banco Central.

“Mas o volume de exportações continua bom… na minha opinião o dólar é só para baixo”, acrescentou o diretor.

Nas duas primeiras semanas de março, a balança comercial acumula superávit de US$ 1,245 bilhão.

Segundo o economista de uma corretora nacional, há também uma resistência do mercado no nível de R$ 2,10 – que ele acredita ter sido o ponto em que os bancos inverteram a posição de vendida para comprada.

O operador de câmbio da corretora Didier Levy Júlio César Vogeler lembrou, entretanto, que a perspectiva é de continuidade dos ingressos no mercado brasileiro, especialmente com a taxa de juro ainda considerada elevada.

“Fazendo comparativo (com os juros mundiais), vai continuar atrativo para os investidores virem para cá, até porque a economia está no caminho certo”, disse o operador.

A cena externa um pouco mais tranquila também contribui para que o real se firmasse frente ao dólar, com destaque para a queda do risco Brasil, bolsas em alta e avanço do euro sobre o dólar. Ainda assim, o mercado segue atento ao rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano, que continua subindo.

Outro fator que amenizou as pressões sobre o câmbio, lembraram os analistas, é a redução da atuação do Banco Central, que há quatro sessões não promove leilão de contratos de swap cambial reverso.

A autoridade monetária comprou dólares no mercado à vista nesta tarde, aceitando sete propostas, com taxa de corte a R$ 2,136.

Vogeler citou também a proximidade do vencimento de alguns contratos de swap reverso negociados no ano passado, o que pode fazer com que alguns investidores forcem uma queda do dólar para garantir remuneração. Nesses contratos, o mercado ganha quando a variação do juro supera a do câmbio.

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