O dólar operava em baixa nesta quinta-feira, refletindo a calmaria nos mercados externos e a menor preocupação em relação ao cenário político.
Às 11h54, a divisa norte-americana era vendida a R$ 2,143, com declínio de 0,51%.
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No campo externo, o rendimento pago pelos Treasuries de 10 anos recuava para cerca de 4,69%. Os títulos da dívida externa brasileira tinham desempenho positivo, enquanto o risco Brasil cedia 2 pontos, para 226 pontos-básicos sobre os Treasuries.
“(O dólar) abriu para baixo acompanhando o movimento dos juros norte-americanos que caíram um pouco”, explicou Mário Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação.
Sobre o front político, analistas disseram que o mercado já embutiu no preço do dólar uma eventual saída do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que teve seu depoimento à CPI dos Bingos contradito pelo caseiro Francenildo Santos Costa.
“O pessoal já está meio que assimilando a saída do Palocci até porque a pressão está forte”, afirmou Battistel.
“Como ele tem bastante credibilidade interna e externa, eventualmente a saída dele deve provocar um desconforto, uma pequena alta do dólar, mas depende logo na sequência de quem assumir o cargo da postura que vai adotar, se manter a política que está, a preocupação cessa”, completou o diretor.
De acordo com o gerente de câmbio de um banco nacional, que não quis ser identificado, sem a pressão externa vinda dos Treasuries e com a preocupação menor em torno do cenário político, o dólar retoma sua trajetória de baixa rumo aos R$ 2,10, quando deve voltar a atrair compradores da moeda.
“O Treasury não está atrapalhando, o mercado colocou no preço a saída do Palocci… então só ia mudar se o (rendimento do) Treasury subisse ou se entrasse alguem muito diferente (de Palocci)”, disse o gerente.