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Membro do Fórum de Transporte critica reajuste no diesel e diz que pedidos de falência devem aumentar em MT

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A alta de 4% no preço do diesel, anunciada na terça-feira (29), pela Petrobrás, e que, possivelmente, será repassada ao consumidor final já preocupa o setor de transportes no Estado. Para o empresário e representante mato-grossense no Fórum Permanente de Transporte, Gilson Baitaca, o governo mentiu ao dizer que manteria o preço do diesel congelado por 180 dias. “Este será o quarto aumento e, tudo bem, está fora do prazo que o governo estipulou para congelamento. Porém, tivemos outros três aumentos anteriores. Uma média de 11 centavos. Pode não parecer nada, mas para quem trabalha com dez caminhões tem um reflexo muito grande”, afirmou, ao Só Notícias.

Segundo Baitaca, o reajuste e implantação de pedágios tendem a aumentar os pedidos de falência e recuperação judicial das empresas de transportes. “A expectativa não é boa. O governo Dilma (Rousseff) discursa como se faltasse resolver pouca coisa, mas isso é porque eles não conhecem a realidade lá da ponta. Eles não sabem a realidade de um motorista. O governo joga a conta em cima do setor produtivo. Agora, quem não parar de trabalhar por opção, vai parar por imposição. Muitos já estão desistindo. Sem contar que os reajustes nos combustíveis também devem elevar ainda mais a inflação”, lamentou.

Conforme Só Notícias já informou, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), Aldo Locatelli, disse que os aumentos são consideráveis e irão impactar nas bombas, o que dependerá dos repasses realizados pelas distribuidoras e de decisão dos revendedores. Ou seja, fica a cargo de cada dono de posto decidir se repassa ou não para os consumidores o reajuste.

Ele disse ainda que, este ano, ocorreram cinco aumentos. Em fevereiro, o governo federal aumentou os preços da gasolina e do diesel ao rever a CIDE e o PISCofins em R$ 0,22 R$ 0,15, respectivamente. Além disso, nos últimos 90 dias, a Petrobras reajustou por três vezes o preço do óleo diesel, acumulando um aumento para as distribuidoras de R$ 0,064, sem contar este novo aumento. Aldo disse que é “curioso que nenhum destes ‘pequenos’ aumentos, dos últimos 90 dias, tenha sido divulgado pela imprensa ou outros canais de comunicação, apenas no site oficial da empresa disponível para acesso exclusivo de seus clientes distribuidores”.

Para Locatelli, a estratégia é simples: ao praticar pequenos aumentos, a Petrobras consegue melhorar seus resultados operacionais e, como a concorrência dificulta os postos a repassarem para as bombas, o preço fica estável e não compromete a cadeia de formação de custos dos produtos. Explicou que desta forma a Petrobras aumenta o preço do óleo diesel e não impacta a inflação. “Quem paga a conta é o posto revendedor que vê seu negócio ficar cada vez mais comprometido financeiramente”. 

Outro ponto que chama a atenção é de que no ano passado enquanto o petróleo estava acima de 100 dólares o barril, o governo segurou os reajustes que eram necessários e, agora, com o barril a 50 dólares, ele alega a necessidade de refazer o caixa da Petrobras e aumentar consideravelmente os preços.

Destacou também que a inflação acumulada de janeiro a setembro deste ano de 2015 é de 7,06%, enquanto que o óleo diesel contabiliza mais de 14% de aumento  durante o ano na distribuidora, o que não chegou aos postos por conta da concorrência e liberdade do mercado em estabelecer seus preços.

Sobre o impacto do novo reajuste, Locatelli explicou que é preciso verificar a reação das distribuidoras, o que poderá ser visto nos próximos Levantamentos de Preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso, Eleus Vieira de Amorim, destacou que pesquisas já apontam um aumento no custo do transporte de até 2%.

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