A partir de segunda-feira, os preços dos remédios em todo o país serão reajustados em até 4,61%, dependendo do medicamento. A variação nos valores dos produtos é de acordo com o nível de competição no mercado e a partir do grau de participação dos genéricos nas vendas. A majoração foi anunciada há alguns dias pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CPMD), vinculada ao Ministério da Saúde. As alterações não serão aplicadas aos medicamentos homeopáticos e fitoterápicos.
Além dos percentuais de reajuste, a câmara definiu também que os preços devem permanecer inalterados no período de um ano, o que significa dizer que o próximo reajuste ocorrerá somente em março de 2009. A elevação nos valores levou em consideração ainda o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, referente ao período de março de 2007 a fevereiro de 2008, definido em 4,61%. Os fabricantes que praticarem percentuais superiores aos estipulados poderão ser multados, depois das infrações comprovadas, entre R$ 212 e R$ 3,2 milhões.
Os medicamentos pertencentes ao chamado nível 1, que inclui remédios como antidepressivos, antidiabéticos e tranquilizantes serão aumentados em 4,61% e somam 8 mil apresentações. Os produtos pertencentes ao nível 2, que somam 2 mil remédios e inclui diuréticos e antifúngicos, sofrerão aumento de 3,56%. Já o percentual para as medicações do nível 3, entre eles contraceptivos orais e o Viagra (vaso dilatador periférico), terão incremento de 2,52% nos preços e somam 14 mil unidades.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Mato Grosso (Sincofarma-MT), Ricardo Cristaldo, no Estado, independentemente da categoria, os remédios serão reajustados em 2,85% (média), não ultrapassando 3,25%. Ele afirma que se o reajuste for maior corre-se o risco de não vender, pois os medicamentos do Estado já tem uma carga tributária elevada, fazendo com que o consumidor não suporte um acréscimo tão acentuado.