O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou, hoje, que houve redução de 10,9% na produção industrial nacional, de abril para maio e consttatou que esse perfil generalizado de queda reflete os efeitos da paralisação dos caminhoneiros. A maior queda na produção ocorreu em Mato Grosso, 24,1%. Em seguida vem o Paraná com 18,4%, Bahia 15,0% e Santa Catarina 15,0%. Em São Paulo caiu 11,4% e no Rio Grande do Sul 11,0%.
O IBGE também aponta que, na comparação com o mesmo período do ano passado, a indústria mostrou redução de 6,6% em maio deste ano. "No resultado desse mês, verifica-se a influência tanto dos efeitos da paralisação dos caminhoneiros, como do efeito-calendário, já que maio de 2018 (21 dias) teve um dia útil a menos do que maio de 2017 (22)", informa. Nesse mês, Goiás teve queda de 15,7%, Mato Grosso, 14,7%, Bahia 13,7%, Paraná, 12,0% e Rio Grande do Sul 10,8%. As quedas mais intensas ocorreram, principalmente, "nos setores de produtos alimentícios (açúcar VHP e cristal) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico e biodiesel), em Goiás; de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, carnes de aves congeladas e óleo de soja em bruto), em Mato Grosso; de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis), na Bahia; de produtos alimentícios (carnes de aves congeladas, rações, chá mate beneficiado, açúcar VHP e óleo de soja refinado), veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis) e máquinas e equipamentos (máquinas para colheita e tratores agrícolas), no Paraná; de produtos alimentícios (carnes de aves congeladas, frescas ou refrigeradas, arroz, rações e carnes de suínos congeladas), produtos do fumo (fumo processado industrialmente) e máquinas e equipamentos (tratores agrícolas e semeadores, plantadeiras ou adubadores), no Rio Grande do Sul.
Ainda de acordo com o IBGE, o acumulado nos últimos doze meses (3,0% frente a 3,9% em abril) interrompeu a trajetória ascendente iniciada em junho de 2016 (-9,7%). 10 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas em maio de 2018, mas 14 apontaram menor dinamismo frente aos índices de abril último. "As principais perdas de ritmo entre abril e maio de 2018 foram no Paraná (de 3,9% para 2,1%), Goiás (de 4,0% para 2,4%), Rio Grande do Sul (de 1,4% para -0,2%), Santa Catarina (de 5,9% para 4,4%), Ceará (de 4,4% para 3,0%), Bahia (de 1,5% para 0,2%), Mato Grosso (de 5,7% para 4,5%)", conclui.