Um estudo feito nas cidades mato-grossenses apontou que 510.105 residências (principalmente as consideradas populares) estão em situação inadequada. As famílias não têm acesso a pelo menos uma destes serviços: rede geral de abastecimento de água, rede de esgotamento sanitário ou fossa séptica, a coleta de lixo (direta ou indireta) e a existência de unidade sanitária de uso exclusivo. A ausência desta infra-estrutura acaba, também, ocasionando doenças.
O estudo aponta que "essa situação se agrava nas regiões mais populosas como Cuiabá e Rondonópolis, e também nas regiões menos desenvolvidas como Juína, Vila Rica e Cáceres". Os integrantes do Conselho Estadual das Cidades de Mato Grosso (CEC-MT) estão analisando o caso. A representante do CREA ( Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado, no conselho, Marilda Vinagre participi dos debates do diagnóstico do setor habitacional para o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social, realizado semana passada. "O setor habitacional de nosso Estado é carente de infraestrutura e as inadequações mais expressivas. Inadequação de Moradia indica o percentual de moradias que não proporciona condições mínimas de habitabilidade a seus moradores. Este indicador, é de grande importância, pois além de apontar um problema habitacional sinaliza possíveis fatores para aumento de risco à saúde humana. Ou seja, inadequação de moradia também é questão de saúde pública", explica Marilda.
Segundo dados de uma empresa de consultoria, apresentado no encontro com conselheiros de habitação, a Inadequação Fundiária Urbana já afetava em 2010, 136.772 mil domicílios em Mato Grosso, sendo que residências sem banheiros chegava a 27.334.
Os integrantes do conselho analisam pedidas para serem inseridas no plano estadual de habitação e solucionadas as carências principais, informa a assessoria do CREA Mato Grosso.