Os secretários de Fazenda, Edmilson dos Santos e da Casa Civil, Eder Moraes, criticaram duramente o tratamento que a União dispensa para Mato Grosso se baseando principalmente nos dados da exportação promovida pelo agronegócio que é responsável por 42% da Balança Comercial do Brasil.
"Nós deixamos de arrecadar mais de R$ 3 bilhões/ano por ano de ICMS para que não haja a incidência do imposto e os preços se tornem competitivos no mercado internacional e nossas compensações não chegam a R$ 300 milhões/ano, isto impede que Mato Grosso tenha uma realidade de primeiro mundo", disse Eder Moraes.
Somente em 2009 foram pagos R$ 823 milhões em dívidas, sendo R$ 473 milhões de juros e encargos, e R$ 350 milhões de amortização. O previsto na LOA era de R$ 678 milhões no total. "Esses recursos comprimem a capacidade de investimento do Estado, mas mesmo assim conseguimos fazer diversas obras em prol da população mato-grossense e com muita luta e determinação mantivemos o equilíbrio fiscal", disse Eder Moraes apontando que esses pagamentos são de dívidas contraídas ao longo dos últimos 30 anos.
O balanço geral contém cinco volumes, com um total de 2.891 páginas, e presta informações relativas a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil do Estado de Mato Grosso, referentes ao último ano do segundo mandato da gestão do governador Blairo Maggi que foi até março deste ano.