Mato Grosso segue com as exportações em alta e registra um aumento de 7,8% no valor das vendas entre janeiro e julho de 2020 na comparação com o mesmo período do ano passado. Até agora, aponta o levantamento do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o Estado já vendeu U$ 11,4 bilhões ao comércio exterior. A variação positiva em relação ao período passado é de U$ 823 milhões.
Do outro lado da balança, Mato Grosso reduziu as importações em 9,4% no período. As compras caíram de U$ 1,1 bilhão nos sete primeiros meses de 2019 para U$ 1 bilhão em 2020, deixando o estado com superávit de U$ 10,3 bilhões na balança comercial.
Os números da exportação colocam Mato Grosso em 4º lugar no ranking dos estados exportadores, sendo responsável por 9,7% de todas as vendas brasileiras feitas para o exterior. No ranking dos importadores, o estado fica em 15º lugar, comprando 1,1% do que entra no Brasil.
A venda de soja cresceu 15% e o grão, in natura, representa 61% das vendas mato-grossenses. O farelo da soja também teve aumento de venda na ordem de 8% e ocupa 11% das exportações estaduais. O algodão teve crescimento de quase 50% e passou a ser a segunda cultura mais vendida, com 8,6% do mercado. A carne aparece em seguida, com aumento de 40% das vendas e 8% da participação de mercado.
O aumento na exportação destes produtos compensa a redução da venda externa do milho, que caiu 51% depois que o mercado interno passou a absorver a compra para uso nas usinas que produzem etanol. Mesmo assim, o cereal representa 6,4% das exportações de Mato Grosso.
Os principais parceiro comerciais de Mato Grosso aumentaram as compras. A China teve uma variação de 8,8% e comprou por 38% da produção exportada. Na sequência aparecem Holanda (6,7%), Turquia (5,5%), Tailândia (4,9%) e Espanha (4,9%). O Irã, que no ano passado foi o terceiro destino dos produtos mato-grossenses, comprou 61% a menos e agora tem apenas 1,9% do mercado.
As importações de Mato Grosso são, quase na totalidade, de insumos para a produção agrícola. Adubos, fertilizantes e inseticidas chegaram da Rússia, Canadá, Estados Unidos, China e Belarus.