Mato Grosso fechou o primeiro semestre de 2019 com redução nas exportações. Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) mostram que o estado exportou 8,53 bilhões de dólares contra 8,65 bilhões nos seis primeiros meses do ano passado, oque representa uma redução de 1,3%. Por outro lado, as importações mato-grossenses aumentaram em 80%, saltando de 552 milhões de dólares para 993 milhões. Isso também reduziu o superávit da balança comercial, que tem saldo de 7,53 bilhões de dólares, menor do que os 8,1 bilhões do mesmo período passado.
Os números, apesar de menores, colocam Mato Grosso como o quinto estado no ranking nacional de exportação, com 7,8% das vendas brasileiras. A posição é melhor do que o acumulado nos últimos 12 meses. No ranking de importação, Mato Grosso ocupa a 15ª posição, comprando 1,2% do que chega ao país.
A soja, em grão, farelo e óleo, representa 71% das comercializações externas. Do milho produzido em Mato Grosso, 11% foi para o mercado internacional, que comprou 7,2% do algodão e 6,3% da carne mato-grossense. Madeira e ouro também aparecem entre os produtos exportados.
As importações são, quase que na totalidade, de insumos para produção agrícola. As compras envolvem produtos químicos para a fabricação de adubos e fertilizantes.
Apesar da tensão gerada no período eleitoral, quando o presidente Jair Bolsonaro (PSL) se envolveu em discussões com o governo chinês, o gigante asiático continua como o destino preferido dos vendedores de Mato Grosso, comprando 39% da produção local. Holanda (5,4), Irã (5,2), Espanha (4,4) e Turquia (4,1%) fecham o top 5 de clientes.