Governo do Estado começou a discutir a implantação do centro de monitoramento ambiental de Mato Grosso. Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente (Sema), Luiz Henrique Daldegan, nos próximos dias a proposta será encaminhada à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) para conhecimento e sugestões do setor produtivo. Nesta quinta-feira, o governador Blairo Maggi recebeu, no gabinete do Palácio Paiaguás, representantes do Instituto Centro de Vida (ICV), Instituto Sócio-ambiental (ISA) e The Nature Conservancy.
Daldegan explicou que o centro, que reforçará o trabalho de gestão ambiental do Estado, fará a divulgação de dados ambientais, com serviços no contexto de recuperação da degradação ambiental, desmatamento, degradação progressiva, das Áreas de Preservação Permanente (APP’s) e mapeamento dos recursos hídricos, além de fornecer serviços a outras instituições. O governo também já começa a discutir uma agenda pró-ativa e, conforme sugerido pelas Ong’s, o governador deverá ser o líder à frente dessa discussão.
Para o coordenador do Instituto Centro de Vida (ICV), Sérgio Guimarães, que participou da reunião, este é o momento para avaliar as medidas do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Ele concorda que houve exagero do MMA ao divulgar os estados desmatadores, mas também afirmou que esse descontentamento precisa ser superado “para que haja um entendimento entre os governos estadual e Federal e os setores produtivo e ambiental, e em conjunto tomem uma ação em benefício ao ambiente”, completou, apontando o governador Blairo Maggi como o intermediador.
O entendimento com o Governo Federal é sugerido pelos representantes das Ongs como a alternativa para o encontro de soluções. Guimarães disse que a conversa que Maggi terá com o presidente Lula e a ministra do MMA, Marina Silva, no próximo dia 14, é importante no sentido do Governo de Mato Grosso buscar incentivos para os produtores que estiverem adequados e legalizados com as políticas ambientais. “É necessário levar essas medidas que estão acontecendo ao conhecimento do Governo Federal”, avaliou.
O coordenador reforçou também que, por outro lado a Sema deve ocupar mais o espaço (das florestas) com gestão, fiscalização e monitoramento. Além de Guimarães, participaram da reunião os representantes do ISA André Vilas Boas e Marcelo Hercowitz, da The Nature Conservancy (TNC) João Campari, e ainda do ICV, Laurent Micol.