Demanda por gás natural em Mato Grosso aumentou 25% em 2011 na comparação com o ano anterior. Dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) apontam o consumo de 2,396 milhões de metros cúbicos (M3) do combustível nos 12 meses do ano passado, contra 1,916 milhão (m3) em 2010. Quase a totalidade do volume demandado no Estado foi para o abastecimento de veículos.
Contrato firme para envio de gás natural por parte da Bolívia a Mato Grosso, por meio de documento assinado junto à Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás) e aumento no preço do etanol estão entre os fatores que motivaram a elevação no consumo de gás natural veicular (GNV), na análise do engenheiro responsável pela GNC Brasil, distribuidora do combustível em Mato Grosso, Francisco Jamal Almeida.
"O derivado da cana-de-açúcar está muito caro e os consumidores estão preferindo abastecer com o gás natural que gera uma economia significativa", diz Almeida ao comentar que o único entrave no Estado é que não existem, neste momento, empresas cadastradas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para realizar a instalação do kit gás nos automóveis.
Para se ter uma ideia da economia no abastecimento com o gás, atualmente o metro cúbico de GNV está sendo vendido por R$ 1,79, ante R$ 2,29 por litro de etanol, uma diferença de 27%. "Estamos ainda mais otimistas com a notícia de que ainda este mês duas empresas vão começar a prestar o serviço de instalação do equipamento nos carros. Também estamos fechando contratos com indústrias para a venda do insumo".