Mais de 10 mil trabalhadores madeireiros deverão participar da Marcha a Cuiabá, segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria de Mato Grosso (Fetiemt), Ronei de Lima. Ele disse que a meta é reunir pelo menos esse número, que foi atingido nos protestos realizados na semana passada nos municípios de Sinop e Alta Floresta. “Esse total até nos surpreendeu e mostra o desespero que está ocorrendo no Norte de Mato Grosso”, destacou.
Trabalhadores do setor madeireiro de 40 municípios e oito sindicatos de trabalhadores das madeireiras deverão participar do protesto. “Também não descartamos ocupar um órgão arrecadador do Estado”, declara o presidente. Segundo ele, a marcha, com data ainda não definida, será o alerta final às autoridades públicas sobre a crise enfrentada pela atividade madeireira no Estado e os impactos sociais sobre as cidades, deflagrados após a Operação Curupira.
O gerente do Ibama em Mato Grosso, Paulo Maier, afirma que segue para Brasília hoje para discutir a viabilização de recursos financeiros e humanos adicionais junto ao governo federal para agilizar o atendimento ao setor madeireiro no Estado. Segundo ele, estão sendo pleiteados mais três procurados para a análise dos planos de manejo, 21 engenheiros florestais e 19 técnicos, além dos 60 analistas ambientais já selecionados em concurso.
“Temos que entender que desde que regrado pelo Estado de direito é legítimo se manifestar. Mas não iremos tolerar o constrangimento de servidores, o impedimento de ir e vir e a depredação de patrimônio público”, declara Maier.
Conforme Ronei de Lima, uma reunião está sendo agendada com o governador Blairo Maggi para discutir o panorama de demissões. “Precisamos de uma solução imediata, porque os trabalhadores não podem ser penalizados pela incompetência do Ibama”,. declarou ao jornal A Gazeta