Para que não haja perda de produção nos armazéns decorrente da infestação de insetos é necessário ter um manejo adequado e rigorosamente controlado. O superintendente da Conab, Ovídio Costa Miranda, afirma que o prejuízo admissível é de 0,15% do total armazenado e que é paga uma sobretaxa para evitar a perda. Para ter um resultado positivo no procedimento, o gerente de um dos armazéns da companhia, Adiberto Pedro Costa, afirma que o produto deve ser bem higienizado antes de ser colocado no silo (que tem a temperatura controlada) e vistoriado diariamente para controlar a ocorrência de carunchos.
O gerente de Marketing da Unidade de Negócio Environmental Science, da Bayer CropScience, Luis Macul, avalia que as perdas estão diretamente ligadas a dois fatores: a limpeza e a higienização do armazém, dos dutos de aeração, controle da umidade e temperatura interna. Para evitar formação de bolhas de calor, que podem causar fungos e consequentemente as microtoxinas, é fundamental a regulagem das máquinas de limpeza e secadoras e o controle e manejo das pragas corretamente.
Ele explica que no manejo é importante destacar que a recomendação é que sejam usados produtos registrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O controle de pragas em silos pode ser feito de forma preventiva por meio de produtos líquidos ou curativos com gás fosfina (fosfeto de alumínio) e que deve sempre ter o acompanhamento de um engenheiro agrônomo.
Macul lembra que devem ser utilizados os equipamentos de proteção individual completos, por parte dos aplicadores com atenção ao preparo de calda e regulagem do equipamento. Quando o tratamento curativo for feito com o uso do gás (fosfina), é importante que seja realizado por pessoas especializadas para evitar acidentes como contaminação.