A pesquisa apresentada, esta manhã, pela Associação Comercial e Empresarial apontou que 92,3% das empresas do setor eventos precisou demitir durante a pandemia. Consta ainda no levantamento 56,3% das empresas do segmento esperam o retorno da normalidade nas atividades apenas para o próximo ano, enquanto apenas 15,6% consideram possível a retomada dos eventos até dezembro outros 28,1% não conseguem avaliar o cenário. Por conta disso, o presidente Cleyton Laurindo e o diretor da ACES, Gian Navarini, protocolaram na secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico um documento solicitando atenção com o setor.
Segundo Laurindo, o levantamento estatístico demonstra a fragilidade da situação econômica do setor. “Esperamos dessa forma estar contribuindo para a busca de soluções que possam salvar empresas e empregos”.
A entidade anexou ao ofício uma pesquisa feita junto aos empresários do setor que levanta as mazelas causadas pela pandemia, que desde março do ano passado, afeta diretamente o segmento. Como consequência direta dos decretos governamentais pela imposição das regras de distanciamento, a maior parte dos eventos programados para 2020 e 2021, até o momento, foram suspensos, transferidos ou definitivamente cancelados.
O documento, foi entregue nas mãos do secretário de Desenvolvimento Econômico, Klayton Gonçalves, que afirma que Sinop é um importante polo regional do turismo de eventos e recebe anualmente milhares de visitantes para um extenso calendário com eventos técnicos, científicos, culturais, religiosos, de consumo ou de entretenimento.
Segundo o diretor ACES, Gian Navarini, o setor de eventos tem sido o mais afetado, já que suas atividades foram paralisadas, praticamente, por completo. “Uma das principais medidas de biossegurança no combate à pandemia é o distanciamento social, e isso impactou o setor de eventos de forma devastadora”, afirma Laurindo.
Como exemplo, exposto pela entidade no documento, está o impacto da pandemia na economia local com o cancelamento da Norte Show, um dos principais eventos do agronegócio do Centro Oeste. Na última edição realizada, em 2019, foram movimentados mais de R$ 1,73 bilhões em negócios. A estimativa dos organizadores é de que nas edições canceladas de 2020 e 2021, o prejuízo em negócios que deixaram de ser concretizados foi superior a R$ 4 bilhões. “Sem contar os 450 empregos indiretos gerados com a organização da feira e o enorme investimento realizado pelas 160 empresas expositoras com a montagem e funcionamento dos estandes, promoção, divulgação, hospedagem e alimentação”, aponta Navarini.
O setor de eventos, considerando dados da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), que atribui ao segmento a responsabilidade por 4,32% do PIB nacional, estima-se que em Sinop o setor movimente anualmente em torno de R$ 285 milhões. “Precisamos encontrar soluções para amparar esses empresários que estão praticamente parados durante esses anos pandêmicos. Demitindo, sem fonte de renda e ainda as contas não param de chegar até eles. A ACES está, incansavelmente, tentando encontrar uma maneira de agir sobre isso, e sendo assim, pedimos, com esse oficio, que o Poder Público aja da melhor maneira para que isso não piore ainda mais”.