O governador Blairo Maggi vem traçando as possíveis saídas para enfrentar a crise econômica mundial, que já vem apresentando os seus primeiros reflexos na desaceleração da economia brasileira. Pensando a frente, o chefe do executivo estadual, que está em Washington, nos Estados Unidos, discutiu ontem (2), com representantes do Banco Mundial, a reestruturação da dívida de Mato Grosso. Participaram da reunião o coordenador de meio ambiente do Banco Mundial no Brasil, Mark Lundell, José Guilherme Reis e Duval Guimarães.
A preocupação de Maggi é com o futuro dos municípios mato-grossenses diante da crise financeira. As dívidas podem ser mais um fator de dificuldade para os estados e municípios mato-grossenses. O governador já determinou que o secretário de fazenda, Éder Moraes, inicie uma mobilização nacional em prol da renegociação das dívidas.
O ideal para os estados e municípios é que o governo federal ajude as administrações a enfrentar a crise. O governo do estado defende a suspensão momentânea do pagamento dos juros e encargos da dívida consolidada dos estados e municípios nos próximos dois anos. Essa medida pode garantir mais liquidez aos municípios.
Maggi ainda ministrou uma palestra sobre os desafios para o futuro da Amazônia, também em Washington. “Temos que criar mecanismos que remunerem as populações que vivem dentro do bioma da Amazônia. A floresta será salva quando o sujeito que depende dela for retribuído financeiramente por deixar as árvores de pé”, avaliou.
O governador também esteve reunido com o embaixador do Brasil em Washington, Antônio Patriota, onde falaram sobre o momento político nos Estados Unidos e os reflexos da crise no Brasil. O embaixador tranquilizou Maggi, avaliando que a crise não deve causar grandes estragos na economia nacional.