Desde abril, a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente – ABIMCI já havia manifestado junto ao Governo Federal o descontentamento por parte dos empresários do setor madeireiro em relação à alíquota de 8% sobre o compensado de pinus brasileiro exportado para os Estados Unidos. A nova regra entrou em vigor no dia 1º de julho deste ano sem que o Governo se posicionasse sobre o assunto.
Em 2004 as exportações de compensado do Brasil ultrapassaram o percentual de 50% do total importado pelos Estados Unidos, quebrando a regra existente para países em desenvolvimento que gozavam de isenção até então. “Os empresários acreditam que a regra tenha sido quebrada única e exclusivamente por causa de uma demanda extraordinária e pontual ocorrida durante um trimestre do ano passado”, afirma o presidente da ABIMCI, Luiz Carlos Reis de Toledo Barros. A entidade enviou documento ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, solicitando a reversão da decisão norte-americana. De acordo com a associação, a taxa pode provocar o fechamento de muitas empresas do setor, principalmente, nos Estados do Paraná e Santa Catarina.
A entidade não formalizou ação contra a taxação, mas está dando suporte para a Indústria de Compensados Guararapes, de Palmas, interior do Paraná, que procurou o US International Trading Comission para tentar reverter o caso. A empresa tem sua produção voltada quase que exclusivamente para o mercado norte-americano.