O setor madeireiro de Mato Grosso aguarda da secretaria de Fazenda reposta quanto ao pedido de redução da pauta usada como base para cobrança do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços sobre a venda de madeira bruta e serrada. Alguns preços da pauta estão acima dos praticados pelo mercado, alegam as indústrias madeireiras que pediram redução de 10% a 20% na pauta, variando de acordo com as espécies.
O último encontro entre o setor produtivo e o governo para tratar do assunto ocorreu em março. No entanto, segundo industriais, até agora o governo não deu resposta. “Fizemos uma solicitação de redução na pauta e estamos aguardando uma posição do governo”, declarou, ao Só Notícias, o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), José Eduardo Pinto. A solicitação do setor é baseada na pesquisa realizada pelo Instituto Euvaldo Lodi, desenvolvida junto aos diferentes pólos madeireiros do Estado.
De acordo com José Eduardo, nesta semana o setor reúne-se em Cuiabá, com o governo, e espera uma definição. Para o empresário e dirigente do maior sindicato de indústrias madeireiras no Estado, a redução na pauta faria com as que as madeireiras pagassem o ICMs sobre os valores atuais da madeira negociada em Mato Grosso. “Recolheremos o imposto pelo valor efetivo das vendas”, salientou o presidente do Sindusmad.
Entre janeiro a abril deste ano as exportações de madeira compensada, folheada, com espessura não superior a seis milímetros renderam ao município negócios na ordem de US$600,1 mil, montante 81,13% menor frente ao mesmo período do ano passado. De madeiras não coníferas foram embarcados US$581,7 mil, ou -70,38% frente aos meses de janeiro a abril de 2007.