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Madeireiras lacradas na Operação Guilhotina voltam a funcionar

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As 101 madeireiras que haviam sido lacradas desde a ‘Operação Guilhotina’ em julho (quando foram presos empresários do setor madeireiro, engenheiros florestais e servidores públicos sob alegação de fraudes em planos de manejo, crimes ambientais, venda de documentos florestais e formação de quadrilha) e tiveram suas atividades paralisadas, voltaram a funcionar devido a medidas judiciais. Elas tiveram o cadastro suspenso pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), enquanto eram investigadas por envolvimento em fraudes na comercialização de madeira.

66 pessoas foram denunciadas (acusados formalmente) por crimes contra o meio ambiente, falsificação de documentos e formação de quadrilha. No total a Polícia Civil instaurou seis inquéritos contra seis projetos criados para subsidiar a prática criminosa, informa A Gazeta.

O esquema, que culminou na operação Guilhotina, teria resultado na retirada e comercialização ilegal de 83.161,077 metros cúbicos de madeira, rendendo aos fraudadores um lucro, aproximado, de R$58 milhões. Mas o Ministério Público acredita que o total seja ainda maior, pois, “aproveitando-se de que a legislação não prevê que o órgão ambiental faça vistoria prévia na área a ser explorada”, diz um trecho da denúncia.

No Nortão, várias empresas foram fechadas, entre as cidades de Sinop, Cláudia, Vera, Santa Carmem, Alta Floresta, Juara, Feliz Natal, Marcelândia, Paranaíta, Juína, Juruena, Carlinda, Matupá, Porto dos Gaúchos, Terra Nova do Norte, Peixoto de Azevedo, Lucas do Rio Verde, e Nova Ollímpia.

Ainda durante as investigações da operação, 38 engenheiros florestais foram suspensos pela Sema pelo fato dos projetos de manejo que apresentaram suspeitas de irregularidades.

A operação “Guilhotina” iniciou depois que indícios de irregularidades em planos de manejos florestais sustentáveis e projetos de exploração florestal em várias áreas do Estado foram encontrados.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar as irregularidades cometidas por servidores, que resultaram em prisões, a lentidão nos depachos de planos de manejo e demais documentos fundamentais para as indústrias madeireiras trabalharem foi criada e deve encerrar ainda neste mês seus trabalhos.

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