Mato Grosso tem 100% da área habilitada a exportar carne bovina in natura para a União Européia. A informação foi dada ontem pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Inácio Kroetz. A decisão, que engloba também municípios de Minas Gerais e todo o Estado do Mato Grosso do Sul, ainda será ratificada pela Diretoria Geral para Saúde e Consumidores da União Européia (DG-Sanco), em reunião do Comitê Permanente da Cadeia de Alimentos e Saúde Animal, marcada para terça-feira (16), em Bruxelas (Bélgica).
Em Mato Grosso vários municípios não eram autorizados a exportar o produto à UE, como Canarana, Nova Monte Verde, Sinop, Cáceres, Matupá, Colíder, Confresa, Juína, Alta Floresta, Vila Rica, Juara e Nova Canaã, conforme informações do Centro Boi, da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). Entre os municípios que tinham autorização para negociar com o bloco europeu estavam Pontes e Lacerda, Araputanga, Barra do Garças, Pedra Preta, Tangará da Serra, Mirassol D”Oeste, Cuiabá, São José dos Quatro Marcos e Várzea Grande.
O coordenador do Sistema de Rastreabilidade do Mapa, Naor Maia Luna, explica que dois motivos mantinham parte do território mato-grossense impedido de negociar com a comunidade européia, entre eles a área de risco (proximidade com localidades com ocorrência de febre aftosa), chamadas de zona tampão e a própria constatação da doença.O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas (Sindifrigo-MT), Luiz Antônio de Freitas, afirma que agora as 26 plantas do Estado que não tinham autorização para exportar terão de se adequar. Atualmente oito têm permissão para o comércio.