O novo aumento do preço do álcool nos postos de gasolina, realizado na última semana, reduziu de 11 para 8 o número de Estados onde os proprietários de veículos bicombustíveis têm vantagem ao utilizar o combustível no lugar da gasolina.
De acordo com pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP, o consumidor só leva vantagem se utilizar o álcool nos seguintes Estados: Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins.
Por render menos que a gasolina, de acordo com o Cepea só é vantajoso abastecer com álcool se o preço corresponder a menos que 70% do valor da gasolina. Ceará, Paraíba e Santa Catarina, por causa do valor dos impostos e do custo de transporte do produto, vendem álcool por um valor superior aos 70%.
Entre os 26 Estados da União e o Distrito Federal, São Paulo é o que tem o preço mais competitivo do álcool hidratado. No Estado, o preço médio do litro do álcool é 63,1% da média do litro da gasolina. No Rio Grande do Sul, quem usa álcool sai em desvantagem: o litro custa 83,9% do preço do derivado de petróleo.
O álcool subiu nas últimas semanas por causa da entressafra da cana-de-açúcar, que vai até abril, e da popularização dos carros “flex”. Na última semana, o governo chegou a fechar um acordo com usineiros para limitar o aumento do álcool. No entanto, as distribuidoras aumentaram suas margens de lucro, sem repassar o benefício para o consumidor