Os juros cobrados no empréstimo pessoal e no cheque especial caíram pelo oitavo mês consecutivo na maioria dos bancos onde é feita a pesquisa mensal da Fundação Procon de São Paulo, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania. A apuração, feita com dez instituições financeiras no último dia 4, mostra quedas modestas.
A taxa média incidente sobre o empréstimo pessoal ficou em 5,27% ao mês, ligeiramente abaixo da apurada na pesquisa anterior (5,30%), enquanto o uso do cheque especial passou de 8,83% para 8,79%. A coleta de dados foi feita nos bancos do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.
Em sete deles, ocorreram redução nos juros do crédito pessoal e a mais expressiva foi no Banco Safra ( 0,10 ponto percentual), com a taxa alterada de 5,50%, em julho, para 5,40% neste mês. Embora tenha promovido uma queda com velocidade menor do que essa, o Banco do Brasil pratica neste mês a segunda menor taxa do mercado: 4,48% mensais, ou 0,02 ponto percentual abaixo da registrada no mês passado.
A pesquisa mostra que quem estiver no cheque especial está pagando menos do que em julho em oito bancos. A maior redução é no Unibanco (1,38%), com taxa de 8,59% ante 8,71%. Entre as instituições que diminuíram os juros, a menor taxa é a da Caixa Econômica Federal (6,75%) ante (6,79%), uma queda de 0,52%.
De acordo com a análise técnica da Fundação Procon, o ritmo de baixa apurado é menor do que o adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) que, decidiu, entre os dias 21 e 22 de julho, na quinta reunião do ano, reduzir a taxa básica de juros, a Selic, de 9,25% para 8,75% ao ano. O motivo para a diferença dos cortes, que neste caso atingiu 0,50%, é a cobertura de riscos contra o alto índice de inadimplência, segundo a avaliação do órgão.