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Juro médio nos bancos sobe para 49,4% em maio

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A taxa média de juros cobrada pelos bancos subiu 1 ponto percentual em maio sobre abril, para 49,4% ao ano, maior nível desde setembro de 2003, informou o Banco Central nesta sexta-feira.

A taxa média de spread também aumentou 1 ponto no período, para 30 pontos percentuais, o maior patamar desde dezembro de 2003.

Segundo o BC, as altas refletiram, além da política monetária restritiva, o aumento sazonal da busca por empréstimos mais caros por conta do Dia das Mães, comemorado no segundo domingo do mês.

“A participação maior de financiamentos por meio de cartão de crédito e cheque especial, entre outros, faz a taxa média subir”, afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.

No mês passado, as operações de crédito com recursos livres, que excluem financiamentos do BNDES, entre outros, cresceram 1 por cento, impactadas pela alta de 3,5% dos empréstimos para as pessoas físicas.

O crescimento contiua sendo influenciado pela alta dos empréstimos cujo pagamento é descontado diretamente em folha de pagamento e que têm taxas mais baixas. No mês passado, esses empréstimos cresceram 7,6%, segundo amostra do BC. No ano, a alta acumulada é de 41,4%.

Excluindo esse efeito “a tendência do crédito é de acomodação, por força do ciclo de política monetária”, afirmou Lopes.

Os financiamentos para empresas caíram 1 por cento em maio contra abril impactados, também, pela valorização cambial de 5% no mês, que reduz o valor em reais dos empréstimos vinculados a câmbio.

O volume de empréstimos também sofreu o efeito da retirada da carteira do Banco Santos do mercado, instituição que tinha uma carteira de crédito de cerca de R$ 2 bilhões e cuja liquidação foi decretada em maio.

O efeito Banco Santos também contribuiu para uma queda da taxa de inadimplência das empresas, de 4,1% para 3,4% . A razão para isso, segundo Lopes, é que desde a intervenção do BC no banco, em novembro do ano passado, os devedores da instituição tinham parado de pagar seus empréstimos, elevando a taxa total de inadimplência.

O BC informou, ainda, que as operações totais de crédito atingiram 518,3 bilhões de reais em maio, uma alta de 0,5% na comparação com abril. Na relação com o Produto Interno Bruto (PIB), o volume de financiamento ficou estável em 27,2%.

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