A pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo sobre a Intenção de Consumo das Famílias dos cuiabanos, apresentou estabilidade em outubro e registrou um leve recuo de 0,2 ponto percentual sobre o mês anterior, atingindo 73,2 pontos. O resultado atual interrompe uma sequência de alta que começou em maio de 2021. Além disso, é importante destacar que no mesmo período do ano passado, o índice era de 64,3 pontos.
Segundo o Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio em Mato Grosso, apesar das oscilações observadas na pesquisa, ocasionadas pela Covid, a recuperação da economia parece se deslocar dos efeitos pandêmicos. “Mesmo com as fortes quedas observadas em abril e maio deste ano, o crescimento da economia segue em bom ritmo”, afirmou o diretor de Pesquisa do, Maurício Munhoz.
Quando se analisa melhor os dados apresentados, mesmo com o aumento dos juros e com a volta da inflação, a intenção de consumo propriamente dita continua crescendo (mais 7,2% em outubro com relação a setembro). No entanto, outros componentes da pesquisa apresentaram queda no mês, como perspectiva profissional, de 5%, e renda atual, de 3%.
O presidente da Fecomércio José Wenceslau de Souza Júnior, também fez questão lembrar do período inflacionário em que o país viveu nas décadas de 80 e 90. “Mesmo quem não viveu o período brasileiro em que a inflação era muito alta, tem uma noção do quão devastador isso pode ser, freando o consumo e provocando uma preocupação principalmente da classe empresarial”, destacou.
A pesquisa traz também uma melhor percepção sobre a situação atual do emprego, onde 36,8% dos entrevistados disseram estar mais seguros, contra 25,5% verificado no ano passado. Dos que afirmaram estar desempregados, o percentual passou de 17,5% em 2020 para 10,2% neste ano. Tal condição reflete no acesso ao crédito das famílias, observando uma leve melhora da possibilidade de se conseguir empréstimo/crédito para comprar a prazo.