A partir de abril, o consumidor brasileiro poderá comprar carro optando por aquele que seja mais econômico e viável para seu bolso. Isso porque o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) lançou hoje (7), no Salão do Automóvel, o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular. No programa, uma etiqueta informa aos interessados o consumo energético do veículo, numa classificação que vai de A (mais econômico) a E (menos econômico).
Segundo o Inmetro, o consumo energético será calculado pela média do consumo dos veículos na cidade e na estrada e com os diferentes combustíveis (gasolina, álcool ou GNV). As informações constarão da etiqueta, que será afixada nos veículos, nos manuais do proprietário, em lojas revendedoras ou no site do Inmetro. A adesão ao programa pelos fabricantes e importadores será feita de forma voluntária.
“As informações terão alto nível de credibilidade. Vai se deixar muito claro o que estamos avaliando e o que estamos medindo. O consumidor vai ter uma base de alta confiabilidade para tomar sua decisão e qual o carro que vai comprar”, disse o presidente do Inmetro, João Jornada.. Ele destacou que o consumidor é que vai decidir se prefere comprar um carro que corre muito ou um que tem consumo melhor, por exemplo.
De acordo com Jornada, o selo dará liberdade para o consumidor fazer a melhor escolha. “Isso dá muita liberdade e poder para o cidadão, e ele vai fazer a decisão dele.”
O presidente da Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, considera a etiqueta “marco para a indústria automotiva brasileira”, porque ela vai mostrar ao consumidor, de forma mais clara, o quanto consome de energia cada veículo. “Será mais um elemento e um fator de escolha do produto pelo cliente”, disse ele.
Schneider apontou a transparência como uma das vantagens da etiqueta para o consumidor. “O consumidor vai entender melhor o quanto consome o seu veículo, e aí tem um fator custo e também um fator específico e indireto da questão ambiental: quanto menos consome, mais eficiente é o veículo do ponto de vista ambiental.”
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, também destacou a importância do selo para o consumidor. “Num primeiro momento, [a importância] será muito maior para o consumidor e para o meio ambiente porque fará com que a indústria possa trabalhar mais para conseguir mais eficiência energética para os seus motores”, disse.
O programa é regulamentado pelo Inmetro, com a participação do Ministério do Desenvolvimento, da Petrobras, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb) e com apoio da Anfavea e da Associação Brasileira de Empresas Importadoras de Veículos Automotivos (Abeiva).