A informalidade foi responsável por 8,4% do total produzido no país em 2005. O dado foi divulgado hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apresentou a reavaliação do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,9% para 3,2% naquele ano.
Segundo o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, a participação da informalidade no PIB brasileiro segue a média dos outros países que avaliam a presença da informalidade na economia. “Estamos dentro de uma faixa considerada padrão”, ressaltou.
Ao se medir o valor que cada atividade agrega aos bens e serviços, o peso do setor informal sobe para 10,1% do valor adicionado.
Em relação ao mercado de trabalho, no entanto, o índice de informalidade atinge níveis bem maiores. De acordo com o levantamento, o trabalho informal atingiu 58,8% do total de empregos em 2005. Desse total, 36,2% são autônomos e 22,6% são funcionários sem carteira assinada.
Segundo Olinto, a proporção da informalidade pode estar distorcida. Isso porque a pesquisa não consegue levantar o total de empregados informais que eventualmente exercem atividades formais em empresas.
“Em alguns momentos há trabalhadores que são considerados informais, por conta própria, mas que exercem atividade produtiva numa empresa ou numa atividade formal”, explicou. “Dentro dos trabalhadores considerados informais, não conseguimos identificar quem é informal de fato ou quem produz dentro de uma atividade formal”, disse Olinto.